Retratar a realidade do Brasil. Essa é a finalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que completou 80 anos de fundação. Sessão solene realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na noite desta quarta-feira (1/6), por proposição do presidente Junior Mochi (PMDB), marcou o reconhecimento do Parlamento Estadual à trajetória do órgão que atua em todo o País
O instituto analisa, pesquisa e divulga informações de natureza estatística, geográfica, cartográfica, geodésica e ambiental, com o intuito de conhecer a realidade física, humana, social e econômica do País. Os dados produzidos são de extrema importância para avaliar o desempenho dos setores primário, secundário e terciário. Além disso, os censos são utilizados para ações importantes, como, por exemplo, a elaboração de políticas públicas e a instrumentalização de estudos científicos.
“Toda política pública começa com informação. As ações de governo precisam estar fundamentadas em uma realidade que é colhida por meio de dados do IBGE. Isso permite ao gestor implantar projetos de desenvolvimento. Ao longo das últimas oito décadas, o instituto prestou um relevante serviço à população sul-mato-grossense. Para o Legislativo, é uma honra poder homenagear as pessoas que fazem parte da história do IBGE”, destacou Mochi.
Vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a entidade é composta por 27 unidades estaduais, 27 setores de documentação e disseminação de informações e 584 agências de coleta de dados nos principais municípios. Campo Grande, Nova Andradina, Paranaíba, Aquidauana, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Ponta Porã e Três Lagoas são as cidades que possuem atendimento do IBGE em Mato Grosso do Sul.
“O IBGE foi o primeiro órgão público implantado em Mato Grosso do Sul, pelo então governador Harry Amorim Costa. Antes e após a criação do Estado, acompanhamos a evolução dos acontecimentos. As estatísticas mostram o passado, revelam o presente e nos dá a oportunidade de construirmos um futuro melhor. A Assembleia é uma parceira importante quando contamos a história do instituto. Hoje, também queremos reconhecer o trabalho dos servidores que contribuíram para a gestão do órgão”, afirmou o geógrafo Mario Alexandre de Pinna Frazeto, atual chefe do IBGE/MS.
Reconhecimento
O padre Adriano Stevaneli, reitor do Instituto Teológico João Paulo II (Iteo) e o pastor Wesley Almeida dos Reis, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, celebraram um ato ecumênico em ação de graça. A sessão solene também teve a apresentação do Coral do IBGE/MS, sob a regência de Afonso Henrique Almeida da Silva Ferreira e coordenação de Herben Kally de Almeida Rex.
Mario Alexandre fez a entrega do troféu comemorativo às instituições que colaboraram com o trabalho do órgão ao longo destes 80 anos. São elas: Assembleia Legislativa, Governo do Estado, Tribunal de Justiça, Prefeitura Municipal de Campo Grande e Câmara de Vereadores.
Também foram homenageados os seguintes funcionários que se destacaram pelo serviço prestado ao IBGE: Aluízio Louzada da Cruz, Antônio Firmino de Oliveira Filho (in memorian), Antônio Guilherme Lobato Mesquita, Carlita Estevam de Souza, Carlos Eduardo Xavier, Elenice Cristaldo Cano, Everaldo Assad Arguello, Fatmato Ezzahrá Schabib Hany, Fernando César Frugulli Moreira, Fernando Gallina, Ivo de Souza Ferreira, Jorge Miranda Quevedo, José Tiago Leal, Loide Bueno de Souza, Marcelo Vieira Sá, Mário Alexandre Frazeto, Paula Belisa Alves Lemos, Paulo José Diniz Junior, Ronaldo Mendes de Lamare, Rosangela Cypriano, Sebastião Alves de Oliveira, Sylvia Martines Assad de Oliveira, Thaisa Cristina Silvia Frias Lopes e Wilson da Costa Lima.
“Trabalhei mais de 40 anos no IBGE e acompanhei o crescimento do instituto. Apesar das modificações que passou, o órgão acompanhou a evolução tecnológica e hoje apresenta as informações com precisão. Isso contribui para o governo e a iniciativa privada. Eu me sinto realizado em ter atuado no serviço público”, disse o primeiro titular da unidade estadual do IBGE, Aluízio Louzada, que falou em nome dos homenageados.
História
No dia 29 de maio de 1936, no Palácio do Catete, o presidente Getúlio Vargas criou o Instituto Nacional de Estatísticas. Dois anos depois, o órgão recebeu a denominação definitiva de Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, passando a elaborar documentos com a finalidade de planejar e coordenar ações públicas, bem como garantir a soberania nacional.
Com origem no Império, o primeiro censo demográfico foi realizado em 1940 e, desde então, é feito a cada dez anos. Nascimentos, casamentos, óbitos, cor, deficientes físicos e mentais, participação feminina, urbanização e religião. A incorporação de novos assuntos e a exclusão de quesitos revelam os dilemas que marcam o pensamento social de uma época. A imagem da população brasileira captadas pelos censos demonstra o quanto a sociedade se transformou.
No último censo, produzido em 2010, mais de 190 mil recenseadores visitaram 67,6 milhões de domicílios nos 5.565 municípios brasileiros. Segundo o levantamento, o País possui cerca de 200 milhões de habitantes com mais de 130 mil nomes diferentes. Para as mulheres, o nome mais comum é Maria, com 11,7 milhões de pessoas. Já para os homens, o mais predileto é Jose, com 5,7 milhões de pessoas.