A estratégia de imunização contra a covid-19 em Mato Grosso do Sul para os próximos meses foi discutida e definida em encontro organizado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), de forma virtual, com coordenadores municipais das 79 cidades do Estado. A nova campanha, relativa a vacina bivalente, será dividida em cinco fases.
Recomendada para pessoas com 12 anos ou mais, a nova vacina contra a covid se difere das usadas até o momento por imunizar com grande eficiência tanto para a cepa original da covid quanto para a variante Omicron e suas subvariantes, mais presentes hoje.
“Existem os grupos prioritários elencados pelo Ministério da Saúde, e essa imunização será dividida em cinco fases. Vamos começar pelas pessoas com mais de 70 anos, as que estão em instituições de longa permanência, imunosuprimidos e os povos tradicionais, como indígenas e ribeirinhos”, explica a coordenadora estadual de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Ana Paula Goldfinger.
Na lista dos que estão em instituições de longa permanência, consta qualquer pessoa a partir de 12 anos, valendo o critério tanto para os abrigados como para trabalhadores desses locais. Acredita-se que esse grupo precisará de busca ativa.
“Passamos neste encontro as recomendações que temos e atentamos os coordenadores que será preciso ações diferenciadas, como a busca ativa de alguns grupos, como é o caso dos povos tradicionais e dos abrigados. Quanto aos demais, acreditamos que haverá procura direta nos postos de vacinação”, complementa a coordenadora da SES.
Aguardando o PNI
Ainda não há nenhuma definição quanto à chegada dos imunizantes bivalentes ao Mato Grosso do Sul – a distribuição ocorrerá simultaneamente em todo o Brasil, feita pelo Ministério da Saúde – e nem de quando deve começar a vacinação com eles.
Nota técnica oficial do PNI (Plano Nacional de Imunização) é aguardado para que as ações sejam concretizadas. “Caso haja alguma mudança ou diretriz adicional até a saída da nota técnica, vamos repassar essas recomendações para os municípios e traçar em conjunto essas estratégias”, destaca Ana Paula.
Diferente dos demais anos, a previsão ministerial é que o PNI comece suas campanhas pela covid-19 devido ao estado de pandemia da doença. Já na segunda fase, a partir de abril, deve se iniciar as demais campanhas, que serão dedicadas à gripe, poliomielite e ao sarampo – trabalho já tradicional na saúde pública.