Um grande mutirão contra Dengue, Zika e Chikungunya está em andamento em Aparecida do Taboado desde o dia 30 de janeiro e já contabiliza a retirada de 457 sacos de 100 litros de lixos considerados possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças, até o fechamento desta semana.
A ação ocorre todos os sábados e é coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde, por intermédio do Controle de Vetores, com o apoio de 186 agentes, que trabalham divididos em grupos semanais. Segundo dados repassados pela Coordenadoria de Controle de Vetores, o chamado “arrastão” também ocorreu nos dias 06, 13 e 20 de fevereiro, tendo carregado mais de quatro caminhões de materiais inservíveis que estavam nos quintais e residências visitados.
O prefeito Robinho Samara e o secretário de Saúde, Luciano Silva, acompanham o mutirão. Eles agradecem à colaboração da população e aos agentes comunitários de saúde, agentes de endemias e funcionários da Secretaria que saem às ruas para retirar dos imóveis possíveis criadouros do mosquito.
Até o momento 3.538 imóveis foram visitados. Foram eliminados 191 focos do mosquito Aedes aegypti. Na ação, 515 pneus foram recolhidos, três calhas foram inspecionadas e oito caixas d'águas foram vistoriadas e tratadas.
A primeira micro área vistoriada foi a central I, que compreende da Rua Sete de Setembro até a Avenida João Pedro Pedrossian e da Rua Sete de Setembro em direção ao recinto da Festa de Peão. Logo após, os agentes fizeram arrastão na micro área LAGO II, que compreende da Avenida João Pedro Pedrossian até a Rua Laudelino de Melo, subindo a Rua Sete de Setembro até a Avenida Orlando Mascarenhas Pereira, divisa com a Rua Virgilio Antônio de Queiroz. Em seguida os agentes trabalharam na micro área Pereira II, que corresponde ao Jardim Samara. E, por último, fizeram a micro área Pereira I, vistoriando parte da Avenida Orlando Mascarenhas Pereira, fazendo divisa com o Jardim Morumbi até a Avenida São Cristóvão, compreendendo também a Cohab Jardim Imperial indo até a fábrica de fumo.
Os agentes estão identificados com colete, boné e luva. O trabalho é setorizado até atender toda a cidade. O coordenador do Controle de Vetores, Ismael Côggo, explicou que durante o arrastão os imóveis identificados com casos suspeitos receberam o serviço de bloqueio da área com máquina costal portátil.
No próximo sábado o mutirão será realizado na micro área do ESF São Jerônimo I e II, do bairro Wilson Lucas até a Avenida São Cristóvão; indo até a Rua Maria Amélia, subindo até a Rua Said Mattar, e da Avenida Boiadeira até a Rua Jaciara, terminando na Avenida Campo Grande.
Índice de infestação
O índice de infestação em Aparecida do Taboado fechou na semana passada em 2,37%, quando o recomendado é abaixo de 1%.
O mutirão visa controlar uma possível epidemia. Em janeiro o município registrou 99 casos suspeitos de Dengue nas quatro primeiras semanas do mês. Segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde, este número é considerado muito alto. Na primeira semana de Janeiro o índice de infestação predial foi de 2,61%; na segunda semana, 2,78%; na terceira, 3,26%; e na quarta semana 1,60%.
Fevereiro iniciou com 22 notificações de casos suspeitos de Dengue na quinta semana do ano, registrando um índice predial de 1.16%. Na sexta semana, houve o registro de 19 casos suspeitos e o índice subiu para 2.37%, devido os criadouros ficarem expostos na chuva e na sétima semana, houve o registro de 23 notificações, porém o índice ainda não foi divulgado. Nestes dois meses, a Vigilância Epidemiológica notificou seis casos suspeitos de Zika Vírus, nenhum registrado em gestante. Não houve registro de Chikungunya.
No ano de 2015 foram registrados 419 casos suspeitos de Dengue em Aparecida do Taboado. Em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, somente nas três primeiras semanas, foram detectados 8269 casos suspeitos de Dengue, com um óbito confirmado em Campo Grande.