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Prefeitura de Inocência estuda modelo da Bahia de gestão de resíduos para implantação de usina sustentável no município

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Em busca de soluções modernas para o tratamento de resíduos sólidos, uma comitiva da Prefeitura de Inocência (MS) realizou, nesta segunda-feira (24), uma visita técnica à usina de gestão de resíduos localizada em Simões Filho (BA) — considerada referência nacional em sustentabilidade, reaproveitamento de materiais e geração de energia limpa.

A iniciativa integra o planejamento da administração municipal para implementar, em Mato Grosso do Sul, um sistema inovador capaz de transformar resíduos em oportunidades de emprego, desenvolvimento econômico e proteção ambiental.

Comitiva conhece tecnologias de ponta utilizadas na Bahia

Participaram da visita o prefeito Antônio Ângelo Garcia dos Santos, o Toninho da Cofapi; o consultor de investimentos Cléber Pacheco; o secretário de Finanças, Gilmarez Leal (Marez); e o assessor de gabinete Max Machado. O grupo teve acesso ao funcionamento completo da estrutura baiana, que opera com reciclagem, compostagem, geração de biogás e tecnologias avançadas de transformação de resíduos.

A usina visitada processa aproximadamente 3 mil toneladas de resíduos por dia, atendendo municípios da Região Metropolitana de Salvador, e se destaca pela eficiência e pela capacidade de reaproveitamento de materiais.

Modelo sustentável e financeiramente viável

Durante a agenda técnica, o secretário Gilmarez Leal analisou as possibilidades de implantação do modelo em Inocência, incluindo estudos para uma eventual parceria público-privada (PPP).
Segundo ele, os dados apresentados pela unidade baiana indicam forte potencial de sustentabilidade financeira:

“O sistema da Bahia se mantém com a venda de energia renovável, subprodutos e créditos de carbono. Estamos avaliando todas as variáveis com responsabilidade, para garantir que Inocência adote um modelo eficiente e economicamente viável”, destacou.

O assessor Max Machado acompanhou a comitiva, articulou contatos com representantes da usina e apoiou a logística da visita, além de participar de reuniões técnicas voltadas à adaptação do projeto à realidade local.

Inocência se prepara para um novo ciclo de crescimento

A implantação de uma usina de tratamento de resíduos no município está diretamente ligada ao período de expansão que Inocência viverá nos próximos anos.
Com o início das obras da fábrica da Arauco, que prevê R$ 28 bilhões em investimentos, a população local poderá passar de 8,4 mil para até 32 mil pessoas durante o pico das atividades.

Esse crescimento exigirá novas estruturas de saneamento e manejo de resíduos. Para o prefeito Toninho da Cofapi, o momento é de planejamento e antecipação:

“Estamos nos preparando para os desafios que virão. Queremos garantir uma solução sustentável, que proteja o meio ambiente, gere empregos e fortaleça a capacidade de atendimento do município. Pensar no futuro é cuidar das pessoas hoje”, afirmou o prefeito.

Projeto pode beneficiar cidades vizinhas e gerar até 300 empregos

O modelo estudado poderá atender não apenas Inocência, mas também municípios próximos como Água Clara, Paraíso das Águas e Selvíria, por meio de consórcios ou parcerias regionais.

Entre os benefícios previstos estão:

  • Ampliação da coleta seletiva
  • Compostagem de resíduos orgânicos
  • Aproveitamento de resíduos industriais
  • Redução de lixões e emissões poluentes
  • Geração de 200 a 300 empregos diretos
  • Fortalecimento de cooperativas de reciclagem

Estima-se ainda que até 40% dos resíduos gerados pela futura fábrica da Arauco poderão ser reaproveitados localmente, diminuindo custos e impactos ambientais.

Tecnologia avançada para transformar resíduos em energia

A usina de Simões Filho utiliza processos como pirólise e incineração controlada, capazes de converter resíduos em energia, biocombustíveis e materiais utilizados por indústrias como a de cimento — tudo isso com emissão reduzida e sem geração de rejeitos finais.

A Prefeitura de Inocência seguirá aprofundando os estudos técnicos nas próximas semanas para avaliar a implantação do modelo no município.

Autor: Divino Nascimento

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